Saudade, palavra que só na língua de Camões existe, que pode ter significados diferentes dependendo do sujeito, que para mim me lembra de alguém e para ti outrém. Saudade chega a doer, não perguntes onde, dói e pronto!... Dói no peito, dói no braço, dói na perna e dói sobretudo no pensamento. É a lembrança do que foi, do que podia ser, do que dói. E dói quando me lembro das conversas intermináveis até às 3h da manhã (porque entretanto tocava o despertador). E dói quando me lembro de voltares para a cama às 7h gelado e te enroscavas em busca de calor. E dói quando penso que te escondia "as minhas merdas" para não te preocupar com coisas supérfluas. E dói quando me chamas Baixinha. E dói muito quando me lembro do teu jeito desajeitado de me agarrar no pulso: "Aandaaaa!". E simplesmente dói quando te vejo. Ou quando me perguntam por ti. Dói ter de creser 10cm cada vez que te vejo (para compensar o que de mau vai cá dentro), ter de me rir e levantar o tom de voz (para não ouvires o "Abraça-me" que o coração grita), ter de ensaiar o sorriso todos os dias para não lhe perder o jeito. Saudade da tua segurança insegura. Há palavras que ecoam nesta que cabecinha de nabiça e de todas destacam-se a Saudade. Tenho saudades tuas.
Sem comentários:
Enviar um comentário